O Dia das Crianças, no
Brasil foi criado pelo mercado para que nossas crianças se tornassem exímios consumistas.
Surgiu de maneira muito diferenciada do Dia Mundial da Criança que é
oficialmente comemorado no dia 20 de novembro, data que a ONU reconhece como
Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos
Direitos da Criança em 1959 e a Convenção dos Direitos da Criança em 1989.
No ano de 1924, o
deputado federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de "criar" o Dia
das Crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado
como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº
4867, de 5 de novembro de 1924. Mas somente em 1960, quando a Fábrica de
Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para
lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a
data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia
das Crianças é comemorado com muitos presentes. Logo depois, outras empresas
decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte,
os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e
fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou
uma data importante para o setor de brinquedos e doces no Brasil.
Observa-se cada vez
mais que a oferta de produtos infantis não se restringe apenas aos brinquedos.
Alimentos, cosméticos e roupas estão na lista de produtos mais consumidos pelas
crianças. Grandes marcas e personagens infantis estimulam o poder de compra cada
vez mais precocemente. Tudo isso aliado à publicidade na televisão, que atrai e estimula enormemente o consumismo
do público infantil.
Aqui fica a crítica a esta sociedade
capitalista, sociedade do consumo para que assumam a responsabilidade por este dilema,
de satisfazer os sonhos e desejos destas pobres crianças, visto que são frutos do
mercado que as produziu por ganância e lucratividade a qualquer custo. Quanto a
nós, educadores e pais fica o compromisso de transmitir valores, onde o ser
deve “ser“ mais importante do que o “ter”.
Profª Aneri Tavares