sábado, 23 de fevereiro de 2013



Estamos iniciando ano letivo de 2013 e quero desejar aqui, à todos que fazem parte da família CETALF, muita dedicação, entrosamento, companheirismo, comprometimento e respeito. Queremos fortalecer e transformar para melhor a vida dos nossos jovens educandos, na busca por suas conquistas profissionais. E nesta caminhada nossa perspectiva é melhorar os indicadores e trabalhar em busca de um padrão de qualidade para nossa Escola. Pois o sucesso dos nossos alunos é também o nosso sucesso, enquanto educadores. 

“O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos” 

FILHOS BRILHANTES, ALUNOS FASCINANTES

Augusto Cury

Podem contar conosco!

Professora: Aneri Tavares (SOCIOLOGIA)

                 ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – MA.
CENTRO DE ENSINO Dr. TARQUÍNIO LOPES FILHO- CETALF

São José de Ribamar, 19 de Fevereiro de 2013


sábado, 9 de fevereiro de 2013

URGÊNCIA


Há urgência de adultos capazes
de educar as crianças.
Há urgência de crianças capazes
de educar os adultos.
Há abundância de religiões
e carência de pessoas bondosas.
Os vendilhões do templo
estão agindo impunemente
e vão ficando ricos, muito ricos!
Os vis vendilhões do templo
prometem enriquecer e curar
em nome de Jesus, desde que haja
depósito do abençoado dízimo.

Há urgência de pessoas honestas,
de políticos honestos há urgência.
Há urgência de estudiosos,
de conhecimento há urgência.
Há urgência de justiça, de saúde,
segurança, educação, fraternidade
e de elevação moral há urgência.
Há urgência de compromisso, de paz,
de respeito, de vontade, de luz
e de amor à leitura há urgência.
Há urgência de participação, de garra,
de gentileza, de sonhos, de silêncio,
e de inteligência há urgência.

Há urgência de juízes justos.
Há urgência de professores capazes.
Há urgência de imprensa isenta.
Há urgência de governantes probos.
Há urgência de eleitores íntegros.
Há urgência de parlamentares honrados.
Do Senado brasileiro não há urgência!
Há urgência de escolas públicas.
É urgente educação dirigida por educadores!
Há urgência da extinção das mordomias
do tão caro Congresso Nacional!
Há urgência de reforma política.
Há urgência de reforma judiciária.
Há urgência de reforma agrária.
Há urgência de reforma tributária.
Há urgência de valorização do professor
antes que nosso país se transforme
num antro de analfabetos funcionais.

(Professor Candido)

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013



ALIENAÇÃO

Há lindas estrelas no céu.
Há lindos pássaros voando.
Há flores lindas no jardim.
Há crepúsculos matutinos lindos,
lindos crepúsculos vespertinos.
Há alegria nos rostos infantis.
Há intensa luz no final do túnel.
Mas só para quem sabe ver.
E para ver tem que crescer.
E o crescimento só se realiza
se houver educação do ser.
Mas a educação está em crise.
Será que a educação está em crise?

Huberto Rohden esclarece
que da educação não há crise
porque não pode haver crise
daquilo que nunca existiu.
Educação para aqueles
que vêm governando este mundo
tem um único objetivo:
preparar para o trabalho,
para as faculdades, para o domínio.
Para a busca do saber a fim de fazer valer
direitos de quem tem poder.
A educação que conduz
à evolução moral e intelectual
não pode ser ministrada
se o alvo é a exclusão.

O projeto dos governos
que impede educação e promove exclusão
só pode ser bem sucedido
pelos frios economistas.
Economistas entendem de números.
Da evolução das pessoas
somente educadores entendem.
Escolas sem pedagogos, sem médicos,
sem assistentes sociais, com professores mal pagos
não são escolas, são fábricas
de analfabetos funcionais.

Visando a manutenção de interesses
das vis classes dominantes
a educação tem que ser
instrumento de alienação.
O ministro da educação
tem que ser economista.
O secretário da educação
tem que ser economista.
E a meta a ser atingida
protegida por polícia!



Prof. Candido da Silva

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Aulas enlatadas: para onde caminha a política educacional brasileira?
Há décadas o mundo curvou-se ao prêt-à-porter, ao fast-food, à intensidade consumista e assim foi se acostumando com a rapidez com que o tudo pronto, o nem sempre necessário, o efêmero se impõem à nossa vida*.
Enlatam-se frutas, sopas, carnes e tudo que couber em belas embalagens que, com a força de uma boa campanha publicitária, virarão dólares, mesmo com gosto pasteurizado ou sem sabor.
Aulas não se podem enlatar. Ou podem? O Ministério da Educação anunciou nos últimos dias que comprará aulas semi-prontas, industrializadas, uma espécie de modelo tamanho único para ‘auxiliar’ pedagogicamente os professores. (Dilma convida professor norte-americano Salman Khan para parceria em projeto na educação básica, agência Brasil, 16/01/2013 – 19h10).

As aulas do professor Khan foram muito bem compostas por sua finalidade inicial: auxiliar sua prima, que morava distante, a compreender matemática. Ambos dialogavam  pela internet e assim, neste processo de mediação, permeado pelo conhecimento recíproco e pela afetividade, foram compondo aprendizagens. Afinal, Khan deveria conhecer a sua prima para ensiná-la. Como afirma Snyders: para ensinar latim a João é preciso conhecer latim e conhecer João.

A aula é uma prática social realizada numa condição historicamente situada, que envolve uma dinâmica de contextualizações e atualizações, que não se faz numa única direção de injetar conteúdos prontos; a aula se faz a partir de mediações e atribuição de sentidos e significados entre estudantes e professores.
A aula não pode estar pronta antes do encontro professor-estudante, portanto, não pode vir enlatada. Transmitir conteúdo não representa dar aula. A aula é o meio utilizado pela escola para a formação de pessoas, é o momento em que, para aprender, é necessário que o estudante incorpore o conteúdo a seu nível de significado e a função do professor é de identificar diferenciados processos de compreensão, dúvidas, hipóteses dos estudantes, saberes envolvidos no ciclo ensinar/apreender, colaborando para as possibilidades de articulações com outras aprendizagens. O professor começa a construir a aula com o aluno antes de encontrá-lo, mesmo na modalidade a distância.
Sabemos qual a equação para a melhoria da qualidade da educação brasileira: boa formação de professores, condições dignas de trabalho, adequado ambiente escolar e capacidade de gestão democrática das equipes dirigentes.
Medidas como essa em questão contrariam a luta histórica de educadores contra a importação de modelos educacionais e a favor de uma política educacional brasileira, comprometida com as nossas necessidades e possibilidades.
Felizmente o professor Khan recusou o convite. No entanto, assusta-nos que nossas lideranças não tenham considerado questões fundamentais, pontuadas pelo convidado.
Esse convidado apoiado em seu bom senso recusou o convite. Outros não recusarão. Alertemo-nos: a recusa não significa que Dilma mudou de ideia. Assim permanece nossa tensão sobre a próxima fórmula mágica que se buscará para equivocar nossa educação!
Quando parece que estamos avançando no campo da Educação retrocedemos com escolhas tão contraditórias. É frustrante! Fica a pergunta: para onde está caminhando a política educacional brasileira?

*As autoras Maria Amélia Santoro Franco (Unisantos), Marineide Gomes (Unifesp/EFLCH), Cristina Pedroso (USP/FFCLRP) e Valéria Belletatti (Instituto Federal de São Paulo) são doutoras em Educação e integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Formação do Educador (GEPEFE-FE) da USP.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Projeto de lei propõe residência como parte da formação dos professores


     A realização de uma residência pedagógica, semelhante à residência médica oferecida aos estudantes de medicina,  pode tornar-se obrigatória no país para formação dos professores de educação básica. A proposta consta do Projeto de Lei do Senado 284/2012, pronto para entrar na pauta da CE (Comissão de Educação, Cultura e Esporte) em fevereiro, na retomada dos trabalhos no Senado.
De autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), a proposta acrescenta um parágrafo ao artigo 65 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996), com objetivo de melhorar a qualificação dos professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. A residência pedagógica funcionaria nos mesmos moldes da médica: uma etapa posterior à formação inicial, com duração mínima de 800 horas e bolsa de estudos.
Para justificar a medida, Blairo Maggi argumentou que parte da dificuldade de alfabetização das crianças brasileiras com até oito anos de idade se deve às condições estruturais na formação dos professores. Dentre elas, o senador destacou o aumento de instituições de ensino de qualidade discutível.
A matéria, que será apreciada em caráter terminativo pela comissão, teve voto favorável do relator, senador Ivo Cassol (PP-RO). Cassol reconhece a má formação dos professores brasileiros, comprovada pelos sucessivos resultados insatisfatórios dos exames de avaliação de ensino. Para ele, a qualificação e a adequada formação dos docentes constituem "pré-requisito" para o sucesso profissional no magistério, assim como para a obtenção de resultados acadêmicos relevantes pelos estudantes.
O relator lembra ainda que, em audiência pública promovida em 2009 pela comissão para debater a ideia, já proposta anteriormente pelo ex-senador Marco Maciel, profissionais da área se mostraram entusiasmados com a residência pedagógica.
Paola Lima
Agência Senado

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Matrículas do ensino fundamental caem e do ensino em tempo integral crescem


Brasília – O ensino fundamental no país registrou queda de 2,2% nas matrículas de crianças e adolescentes com idade entre 6 e 14 anos. Atualmente, são 29.702.498 estudantes em todo país. Em 2011, esse número alcançou 30.358.640 alunos. É a etapa que reúne o maior número de estudantes no país. O ensino em tempo integral, modalidade dentro do ensino fundamental, registrou um aumento de 24,4 % em relação a 2011. Foram registradas 2.184.079 matrículas nas redes pública e privada este ano. No ano passado, eram 1.756.058 estudantes, nas duas redes.
As informações fazem parte dos dados consolidados do Censo Escolar 2012, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). Ao todo, a educação básica (infantil, fundamental e ensino médio) matriculou este ano 50.545.050 estudantes.
Entre as razões para a queda nas matrículas do ensino fundamental, pode estar a redução do grupo populacional na faixa etária de 6 a 10 anos, grupo correspondente aos anos iniciais dessa etapa. A série histórica, iniciada em 2007, apresentava 17.067.855 pessoas. Em 2011, último ano com essa informação, o número de pessoas nesse grupo chegou a 15.252.392.
A rede municipal concentra a maior parte das matrículas da educação fundamental, com 16.323.158 estudantes. Em seguida está a rede estadual, com 9.083.704 matrículas, e a particular, com 4.270.932. A rede federal têm 24.704 alunos nesta etapa de ensino.
As informações do Censo Escolar servem de base para distribuição de recursos públicos para municípios e estados, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
De acordo com o MEC, a publicação dos dados atende ao dispositivo da Lei 11.494/2007, conhecida como Lei do Fundeb. As demais informações relativas ao fluxo e a aprovação ainda estão em fase de coleta, com publicação prevista para março do próximo ano.
Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Acesso à escola reflete desigualdades sociais e regionais do país


As desigualdades regionais brasileiras ainda se refletem no acesso à escola. Enquanto a média nacional de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade fora da escola era 3,3% em 2010, na Região Norte o índice era 6,1%. Na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, as regiões Norte e Sul tinham 18,7% de evasão escolar, acima da média nacional de 16,7%.
Os dados foram divulgados hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Censo Demográfico 2010: Resultado da Amostra – Educação e Deslocamento. A pesquisadora do IBGE Vandeli dos Santos Guerra aponta que a diferença também é grande de acordo com a situação de domicílio. “Na Região Norte você tem a dificuldade das distâncias, principalmente em área rural.”
Na faixa de 6 a 14 anos de idade, 2,9% das pessoas das cidades não frequentavam escola. O índice sobe para 5% na área rural. A diferença é acentuada na faixa de 15 a 17 anos, na qual estão fora da escola 15,6% dos jovens das áreas urbanas e 21,7% nas áreas rurais.
Outro dado aponta que o nível de rendimento da família também tem influência na frequência escolar. Enquanto 5,2% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos com rendimento familiar per capita de até um quarto de salário mínimo não frequentavam escola em 2010, a proporção cai para 1,6% nas famílias com rendimento acima de 3 salários mínimos. Na faixa de 15 a 17 anos a taxa é 21,1% no nível de rendimento mais baixo e cai para 6,4% no nível mais alto.
Quanto à rede de ensino, as escolas públicas atendem à maioria da população até o ensino médio e na pós-graduação, enquanto o ensino superior e cursos de especialização são feitos, em sua maioria, em instituições privadas. A rede pública de ensino atendia, em 2010, a 75,8% das matrículas em creches, 71,1% da pré-escola, 82,3% na alfabetização, 86,8% no ensino fundamental, 85,8% do ensino médio, 28,9% da graduação, 22,4% da especialização de nível superior, 52,7% do mestrado, 69,8% dos cursos de doutorado e 95,7% da alfabetização de jovens e adultos.
Analisando o rendimento, os dados apontam que a frequência em cursos superiores e de pós-graduação está concentrada nas faixas mais altas de ganhos mensais. Nas classes de alfabetização, 27,9% das crianças vinham de famílias que ganhavam até um quarto de salário mínimo per capita, enquanto 47,1% dos estudantes de doutorado tinham renda domiciliar per capita acima de cinco salários mínimos.
Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil