domingo, 24 de março de 2013

Discussão sobre o Racismo





O vídeo  VISTA A MINHA PELE, trata-se de curta-metragem que "usa a paródia para discutir racismo e preconceito", conforme apresentação no You Tube: "Nesta história, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra. Os países ricos são da África. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda em um colégio particular graças a uma bolsa de estudo, já que a mãe é faxineira na escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, com exceção de sua amiga, que é filha de um diplomata, que morou em países pobres e tem outra visão da sociedade. Com todas as adversidades, Maria quer ser 'Miss Festa Junina' da escola. Conta com a ajuda da amiga Luana e as duas vão se envolver em uma série de aventuras para alcançar seus objetivos."

Uma história simples e criativa para discutir, através da paródia, situações do cotidiano. Nada como "vestir a pele do outro" para sentir-se no seu lugar. Fica aqui registrado como apoio pedagógico para as Turmas do 2º Ano (200 e 201) – Ensino Médio - Turno: Vespertino - C.E Dr. Tarquínio Lopes Filho – CETALF. E não esqueçam o que trabalhado em sala de aula: Para R. Barbaud, a "diversidade cultural pode então ser tomada como um componente natural da biodiversidade, como o resultado final de nossa própria evolução. Ela tem, por este ponto de vista, a mesma função da biodiversidade para as outras espécies". A diversidade humana é portanto genética, com suas conseqüências fenotípicas, mas também culturais. E faz-se importante distinguir bem os dois domínios para não recriar, mesmo involuntariamente, os discursos racistas e não científicos. Em Le racisme expliqué à ma fille Tahar Ben Jelloun escreveu:
...A palavra "raça" não tem base científica. Ela foi usada para exagerar os efeitos das diferenças aparentes, ou seja, físicas. Não se pode basear nas diferenças físicas - a cor da pele, o tamanho, os traços do rosto -- para dividir a humanidade de maneira hierárquica, ou seja, considerando que existem homens superiores em relação a outros homens, que seriam postos em uma classe inferior.”

Profª Aneri Tavares.
      Sociologia

KARL MARX



C.E  DR. TARQUÍNIO LOPES FILHO – CETALF
Profª  Aneri Tavares
Disciplina: SOCIOLOGIA / 3º Ano-Ensino Médio
KARL MARX

"A história de toda a sociedade até hoje tem sido a história das lutas de classe." (Karl Marx)

KARL MARX (1818 -1883): filósofo, cientista social e revolucionário alemão.
ü  Contribuiu para o desenvolvimento da Sociologia ao analisar e criticar a organização social, política, econômica, jurídica, ideológica e cultural da sociedade capitalista.
Marx desenvolveu a teoria do  MATERIALISMO   HISTÓRICO.
De acordo com essa teoria Marx afirma que:
a) Podemos conhecer a sociedade concreta a partir das relações das pessoas no processo produtivo de bens materiais e,
b) Buscando compreender o estágio de desenvolvimento que se encontram as forças produtivas.

 As relações sociais de produção podem ser entendidas como a organização e interação das pessoas  e das classes na sociedade, tendo em vista a produção material e a reprodução social, a manutenção e a ampliação das relações socio-político-econômicas.

As forças produtivas são a terra, trabalho, capital e tecnologia: elementos essenciais à produção capitalista.

MARX AFIRMA QUE:
“ O MODO DE PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL (base econômica da produção de bens materiais) CONDICIONA O DESENVOLVIMENTO DA VIDA SOCIAL, POLÍTICA E INTELECTUAL EM GERAL (superestrutura da sociedade).”

Marx era economista e isso nos ajuda e entender a sua teoria, segundo a qual...
...a base da organização da sociedade é econômica, e a partir dessa organização surgem as outras estruturas da sociedade (instâncias políticas, jurídicas e ideológicas).

Ao estudar o Capitalismo Marx afirmava que a
jornada do trabalhador era composta da seguinte forma:
à Trabalho necessário = remunerado com o salário do trabalhador
à Trabalho excedente = mais valia , ou seja, o trabalho não pago e apropriado pelo capitalista, decorrente da exploração do trabalhador
(trabalho morto).
É da mais valia que é retirado o capital para a compra e reposição de máquinas, para aquisição de matéria prima e o lucro do capitalista.

Com esse raciocínio Marx torna-se um crítico do Capitalismo e da sociedade burguesa, por ser um
sistema e uma sociedade que exploram o proletariado de forma desumana em busca de lucro e tomada de poder.

Juntamente com Engels redigiu o famoso
MANIFESTO COMUNISTA.
Nessa obra eles convocam os(as) trabalhadores (as) do mundo inteiro a se unirem para derrubar a sociedade capitalista e iniciarem a implantação de uma sociedade socialista de transição para a sociedade comunista:sociedade sem classes sociais antagônicas, sem exploração do homem pelo homem.

Outra obra de grande importância escrita por Marx  foi O CAPITAL, sua principal obra econômica, em que realizou a mais profunda análise crítica do processo global de produção capitalista.

"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever  cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência que terão que ser  nacionalizados pelo Estado". (Karl Marx, Das Kapital, 1867)

(Qualquer semelhança com a crise mundial por que passamos não é mera coincidência; o aviso foi dado já faz mais de um século).

Entendendo melhor as ideias de Marx:
Ø  Para ele a história da humanidade é a luta de classes;
Ø  No Manifesto Comunista convocou o proletariado para a luta pelo socialismo;
Ø  1848à eclodiram os movimentos revolucionários em vários países europeus;
Ø  1864àfundou a Associação dos trabalhadores: objetivo de conquistar o poder pelo proletariado;
Ø  Sua doutrina pregava a derrubada da classe dominante (a burguesia) por meio de uma revolução do proletariado e a criação de uma sociedade sem classes, na qual os meios de produção passassem a ser propriedade de toda a coletividade.




sábado, 23 de fevereiro de 2013



Estamos iniciando ano letivo de 2013 e quero desejar aqui, à todos que fazem parte da família CETALF, muita dedicação, entrosamento, companheirismo, comprometimento e respeito. Queremos fortalecer e transformar para melhor a vida dos nossos jovens educandos, na busca por suas conquistas profissionais. E nesta caminhada nossa perspectiva é melhorar os indicadores e trabalhar em busca de um padrão de qualidade para nossa Escola. Pois o sucesso dos nossos alunos é também o nosso sucesso, enquanto educadores. 

“O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos” 

FILHOS BRILHANTES, ALUNOS FASCINANTES

Augusto Cury

Podem contar conosco!

Professora: Aneri Tavares (SOCIOLOGIA)

                 ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – MA.
CENTRO DE ENSINO Dr. TARQUÍNIO LOPES FILHO- CETALF

São José de Ribamar, 19 de Fevereiro de 2013


sábado, 9 de fevereiro de 2013

URGÊNCIA


Há urgência de adultos capazes
de educar as crianças.
Há urgência de crianças capazes
de educar os adultos.
Há abundância de religiões
e carência de pessoas bondosas.
Os vendilhões do templo
estão agindo impunemente
e vão ficando ricos, muito ricos!
Os vis vendilhões do templo
prometem enriquecer e curar
em nome de Jesus, desde que haja
depósito do abençoado dízimo.

Há urgência de pessoas honestas,
de políticos honestos há urgência.
Há urgência de estudiosos,
de conhecimento há urgência.
Há urgência de justiça, de saúde,
segurança, educação, fraternidade
e de elevação moral há urgência.
Há urgência de compromisso, de paz,
de respeito, de vontade, de luz
e de amor à leitura há urgência.
Há urgência de participação, de garra,
de gentileza, de sonhos, de silêncio,
e de inteligência há urgência.

Há urgência de juízes justos.
Há urgência de professores capazes.
Há urgência de imprensa isenta.
Há urgência de governantes probos.
Há urgência de eleitores íntegros.
Há urgência de parlamentares honrados.
Do Senado brasileiro não há urgência!
Há urgência de escolas públicas.
É urgente educação dirigida por educadores!
Há urgência da extinção das mordomias
do tão caro Congresso Nacional!
Há urgência de reforma política.
Há urgência de reforma judiciária.
Há urgência de reforma agrária.
Há urgência de reforma tributária.
Há urgência de valorização do professor
antes que nosso país se transforme
num antro de analfabetos funcionais.

(Professor Candido)

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013



ALIENAÇÃO

Há lindas estrelas no céu.
Há lindos pássaros voando.
Há flores lindas no jardim.
Há crepúsculos matutinos lindos,
lindos crepúsculos vespertinos.
Há alegria nos rostos infantis.
Há intensa luz no final do túnel.
Mas só para quem sabe ver.
E para ver tem que crescer.
E o crescimento só se realiza
se houver educação do ser.
Mas a educação está em crise.
Será que a educação está em crise?

Huberto Rohden esclarece
que da educação não há crise
porque não pode haver crise
daquilo que nunca existiu.
Educação para aqueles
que vêm governando este mundo
tem um único objetivo:
preparar para o trabalho,
para as faculdades, para o domínio.
Para a busca do saber a fim de fazer valer
direitos de quem tem poder.
A educação que conduz
à evolução moral e intelectual
não pode ser ministrada
se o alvo é a exclusão.

O projeto dos governos
que impede educação e promove exclusão
só pode ser bem sucedido
pelos frios economistas.
Economistas entendem de números.
Da evolução das pessoas
somente educadores entendem.
Escolas sem pedagogos, sem médicos,
sem assistentes sociais, com professores mal pagos
não são escolas, são fábricas
de analfabetos funcionais.

Visando a manutenção de interesses
das vis classes dominantes
a educação tem que ser
instrumento de alienação.
O ministro da educação
tem que ser economista.
O secretário da educação
tem que ser economista.
E a meta a ser atingida
protegida por polícia!



Prof. Candido da Silva

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Aulas enlatadas: para onde caminha a política educacional brasileira?
Há décadas o mundo curvou-se ao prêt-à-porter, ao fast-food, à intensidade consumista e assim foi se acostumando com a rapidez com que o tudo pronto, o nem sempre necessário, o efêmero se impõem à nossa vida*.
Enlatam-se frutas, sopas, carnes e tudo que couber em belas embalagens que, com a força de uma boa campanha publicitária, virarão dólares, mesmo com gosto pasteurizado ou sem sabor.
Aulas não se podem enlatar. Ou podem? O Ministério da Educação anunciou nos últimos dias que comprará aulas semi-prontas, industrializadas, uma espécie de modelo tamanho único para ‘auxiliar’ pedagogicamente os professores. (Dilma convida professor norte-americano Salman Khan para parceria em projeto na educação básica, agência Brasil, 16/01/2013 – 19h10).

As aulas do professor Khan foram muito bem compostas por sua finalidade inicial: auxiliar sua prima, que morava distante, a compreender matemática. Ambos dialogavam  pela internet e assim, neste processo de mediação, permeado pelo conhecimento recíproco e pela afetividade, foram compondo aprendizagens. Afinal, Khan deveria conhecer a sua prima para ensiná-la. Como afirma Snyders: para ensinar latim a João é preciso conhecer latim e conhecer João.

A aula é uma prática social realizada numa condição historicamente situada, que envolve uma dinâmica de contextualizações e atualizações, que não se faz numa única direção de injetar conteúdos prontos; a aula se faz a partir de mediações e atribuição de sentidos e significados entre estudantes e professores.
A aula não pode estar pronta antes do encontro professor-estudante, portanto, não pode vir enlatada. Transmitir conteúdo não representa dar aula. A aula é o meio utilizado pela escola para a formação de pessoas, é o momento em que, para aprender, é necessário que o estudante incorpore o conteúdo a seu nível de significado e a função do professor é de identificar diferenciados processos de compreensão, dúvidas, hipóteses dos estudantes, saberes envolvidos no ciclo ensinar/apreender, colaborando para as possibilidades de articulações com outras aprendizagens. O professor começa a construir a aula com o aluno antes de encontrá-lo, mesmo na modalidade a distância.
Sabemos qual a equação para a melhoria da qualidade da educação brasileira: boa formação de professores, condições dignas de trabalho, adequado ambiente escolar e capacidade de gestão democrática das equipes dirigentes.
Medidas como essa em questão contrariam a luta histórica de educadores contra a importação de modelos educacionais e a favor de uma política educacional brasileira, comprometida com as nossas necessidades e possibilidades.
Felizmente o professor Khan recusou o convite. No entanto, assusta-nos que nossas lideranças não tenham considerado questões fundamentais, pontuadas pelo convidado.
Esse convidado apoiado em seu bom senso recusou o convite. Outros não recusarão. Alertemo-nos: a recusa não significa que Dilma mudou de ideia. Assim permanece nossa tensão sobre a próxima fórmula mágica que se buscará para equivocar nossa educação!
Quando parece que estamos avançando no campo da Educação retrocedemos com escolhas tão contraditórias. É frustrante! Fica a pergunta: para onde está caminhando a política educacional brasileira?

*As autoras Maria Amélia Santoro Franco (Unisantos), Marineide Gomes (Unifesp/EFLCH), Cristina Pedroso (USP/FFCLRP) e Valéria Belletatti (Instituto Federal de São Paulo) são doutoras em Educação e integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Formação do Educador (GEPEFE-FE) da USP.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Projeto de lei propõe residência como parte da formação dos professores


     A realização de uma residência pedagógica, semelhante à residência médica oferecida aos estudantes de medicina,  pode tornar-se obrigatória no país para formação dos professores de educação básica. A proposta consta do Projeto de Lei do Senado 284/2012, pronto para entrar na pauta da CE (Comissão de Educação, Cultura e Esporte) em fevereiro, na retomada dos trabalhos no Senado.
De autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), a proposta acrescenta um parágrafo ao artigo 65 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996), com objetivo de melhorar a qualificação dos professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. A residência pedagógica funcionaria nos mesmos moldes da médica: uma etapa posterior à formação inicial, com duração mínima de 800 horas e bolsa de estudos.
Para justificar a medida, Blairo Maggi argumentou que parte da dificuldade de alfabetização das crianças brasileiras com até oito anos de idade se deve às condições estruturais na formação dos professores. Dentre elas, o senador destacou o aumento de instituições de ensino de qualidade discutível.
A matéria, que será apreciada em caráter terminativo pela comissão, teve voto favorável do relator, senador Ivo Cassol (PP-RO). Cassol reconhece a má formação dos professores brasileiros, comprovada pelos sucessivos resultados insatisfatórios dos exames de avaliação de ensino. Para ele, a qualificação e a adequada formação dos docentes constituem "pré-requisito" para o sucesso profissional no magistério, assim como para a obtenção de resultados acadêmicos relevantes pelos estudantes.
O relator lembra ainda que, em audiência pública promovida em 2009 pela comissão para debater a ideia, já proposta anteriormente pelo ex-senador Marco Maciel, profissionais da área se mostraram entusiasmados com a residência pedagógica.
Paola Lima
Agência Senado